4 de out. de 2013

Células-tronco são utilizadas para cirurgia inédita na Paraíba.

Células-Tronco
Uma cirurgia inédita na Paraíba utilizou células-tronco para reconstruir a mandíbula de uma mulher de 58 anos que apresentava um problema de perda óssea correspondente ao de uma pessoa de 90 anos. Segundo Geórgia Cavalcante, filha da paciente, o problema provocava dificuldade na mastigação e na fala de sua mãe, além de comprometer a qualidade de vida. O procedimento foi realizado em João Pessoa.

Geórgia explica que a família tentou vários procedimentos antes e que não obteve sucesso. “Após pesquisarmos várias técnicas, descobrimos a possibilidade de reconstruir o osso comprometido utilizando as células-tronco”, disse a filha da paciente. O procedimento foi feito pelo cirurgião dentista Diogo Meneses em parceria com o especialista em cirurgia bucomaxilofacial André Zetola, do Paraná, além de seis outros especialistas.

Diogo Meneses explica que o procedimento foi feito em várias etapas. “Primeiro retiramos o sangue do osso do quadril da paciente e em seguida separamos o plasma das células-tronco e acrescentamos às células a Proteína Óssea Morfogenética (BMP), que é sintetizada em laboratório para agilizar o processo de calcificação”, disse o cirurgião.

Após essa etapa, os médicos envolveram a mistura em uma malha de titânio e fixaram na mandíbula da paciente. A previsão é que em até oito meses a paciente já possa receber o implante dos dentes, permitindo que as funções de fala e mastigação voltem a ser executadas normalmente.

Esta foi a primeira vez que dentistas e médicos fizeram uso de células-tronco para reconstituir uma mandíbula no Estado. Apesar das vantagens proporcionadas por este tipo de cirurgia, os médicos e cirurgiões dentistas alertam que este tipo de procedimento só deve ser adotado quando todos os outros métodos não forem eficazes.

Fonte: G1 Paraíba