26 de abr. de 2012

Imprensa paraibana divulga notícia recheada de fatos equivocados. Dolo do Coordenador da Vigilância Epidemiológica do Município de Itabaiana.

A Imprensa Paraibana, bem como da região do Vale do Paraíba, publicou uma notícia nos dias 17 e 18 do corrente mês, baseado nas declarações equivocadas e fantasiosas divulgadas pelo Coordenador da Vigilância Epidemiológica Do Município de Itabaiana, Alcir Paiva de Andrade. Vamos a matéria veiculada – nos portais G1 Paraíba, ValePB, Blog Click Conexão -  e sua devida correção:

Mais um caso suspeito de morte por dengue hemorrágica está sendo investigado na Paraíba. A vítima dessa vez é uma mulher de 64 anos que morreu no dia 17 de março em Itabaiana, no Agreste paraibano. O caso suspeito não foi divulgado na época pela Secretaria de Saúde do Estado e só foi descoberto pela imprensa nesta terça-feira (17). A Secretaria de Saúde do município confirmou que pelos resultados dos exames e do atestado de óbito a mulher foi vítima da dengue tipo 4. O caso já foi informado à Secretaria de Saúde do Estado que tem 60 dias para concluir a investigação.

Na segunda-feira (16) uma menina de 7 anos morreu com suspeita da doença no Hospital Infantil de Patos. A gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Júlia Vaz, informou que os dois casos estão sendo investigados. 

O coordenador de Vigilância Epidemiológica de Itabaiana, Alcir Paiva de Andrade, disse que a aposentada que morreu em março já tinha problemas crônicos1. “A declaração de óbito disse que ela morreu de dengue hemorrágica. A dengue evoluiu para uma hemorragia digestiva”, explicou.  
  
A aposentada deu entrada no Hospital Regional de Itabaiana e por conta da gravidade da doença foi transferida2 para o Hospital Universitário Alcides Carneiro em Campina Grande3. “A pedido da família a mulher foi retirada da UTI4 e morreu em casa5, disse Alcir Paiva.

1. Não há um só registro que comprove a existência de uma doença crônica, como não houve declaração da família afirmando isto.

2. A aposentada foi transferida não em decorrência da gravidade da doença, mas sim por uma decisão da família, que a solicitou junto a Coordenação do Hospital Regional de Itabaiana.

3. A transferência foi para a cidade de Campina Grande, mas não para o Hospital Universitário Alcídes Carneiro e sim para a Clínica Santa Clara, localizada a Rua Duque Caxias, 630, no Bairro da Prata.

4. Em nenhum momento da sua internação no Hospital Regional de Itabaiana, como também na Clínica Santa Clara, em Campina Grande, a aposentada esteve na UTI. Todos os cuidados e atendimentos foram realizados na enfermaria e no apartamento, respectivamente, onde ela se encontrava.

5. O falecimento se deu no Hospital regional de Itabaiana, fato este que está documentado no atestado de óbito da aposentada.

Depois de esclarecido o fato noticiado, para o que realmente aconteceu, a única conclusão a que posso chegar é que o Coordenador da Vigilância Epidemiológica, Alcir Paiva de Andrade, esteve mais preocupado em fazer sua imagem (palavras) aparecer na mídia do que apurar o que de fato ocorreu. Febril, inexperiente (para não chamar de incompetente), e acima de tudo “narcisista”, discorreu a respeito do acontecido diante da imprensa usando de informações falsas e mentirosas, distorcendo o episódio e permitindo com isso, que as mídias divulgassem de forma equivocada o caso como ele realmente aconteceu.

É vergonhoso que uma pessoa, que reside e trabalha numa cidade com pouco mais de 24.000 habitantes, “onde todo mundo conhece todo mundo”, não consiga exercer seu trabalho com o mínimo de compromisso com a verdade. Uma pessoa que prolifera em suas explanações expressões como “informações fidedignas”, não consegue, ou não quer, trabalhar com a realidade e que acaba por fim, distorcendo fatos, que são verbalizadas da forma como foram apuradas pelos nossos portais de notícia.

Diocleciano Bruno Oliveira da Silva
Filho de Gilvanete Oliveira da Silva (Aposentada que faleceu em decorrência da dengue tipo 4, em Itabaiana).