28 de dez. de 2012

Conselho de enfermagem interdita eticamente unidades de saúde na PB.


Um hospital e maternidade de Bayeux, município da Região Metropolitana de João Pessoa, e também uma Unidade de Saúde da Família (USF Roger III) no bairro do Roger, na capital paraibana, sofreram interdição ética aplicada pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren) ontem quinta-feira (27) após uma vistoria realizada pela entidade. Com a interdição ética as unidades permanecem abertas, mas os profissionais ficam proibidos de realizar qualquer tipo de atendimento.

De acordo com Fernando Ramalho Diniz, que assumirá a Secretaria de Saúde Municipal de Bayeux em janeiro e acompanhou a fiscalização do Conselho, apenas 30% da escala de profissionais que atendem no Hospital Materno Infantil João Mariscano está preenchida, segundo ele o déficit no quadro de funcionários é decorrente da demissão dos prestadores de serviço e contratação de poucos concursados para provimento de cargos  na unidade onde também funciona um pronto-atendimento de urgência e emergência pediátrica.

Fernando Ramalho disse também que a a escala de enfermagem do hospital foi a mais prejudicada com a exoneração dos prestadores de serviço, reduzindo de 30 para 12 o número de enfermeiros que atendem a população na unidade. Durante a fiscalização do Coren foi constatado a ausência de enfermeiros plantonistas e diante da situação o conselho interditou eticamente o local deixando apenas a unidade de pediatria funcionando.

"Só está funcionando a unidade de pediatria; a maternidade e pronto atendimento de urgência e emergência estão fechadas, esta unidade atende uma média de 180 a 200 pacientes por dia, nós vamos procurar o Tribunal de Contas do Estado para discutir um contrato de emergência e resolvermos o problema, pois a população não pode ficar sem o serviço.” afirmou Fernando Ramalho.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde da capital informou que espera a comunicação oficial do Coren para corrigir as irregularidades e adiantou que as USF que apresentam problemas são reestruturadas, conforme as exigências, ou ainda as equipes de saúde podem ser relocadas para Unidades Integradas de Saúde. A Secretaria de Saúde de Bayeux também foi procurada pela reportagem, mas as ligações telefônicas não foram atendidas.

Fonte: G1 Paraíba