O novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, é deputado federal pela Paraíba e líder da bancada do PP na Câmara dos Deputados.
Com 42 anos, se afastará de seu primeiro mandato na Câmara para assumir a pasta, no lugar do correligionário Mário Negromonte (PP-BA), que saiu nesta quinta (2) após uma série de acusações de irregularidades. Ele é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e tem pós-graduação em Administração.
Ribeiro é do grupo do ex-ministro Márcio Fortes, também do PP, que retirou apoio à permanência de Negromonte na pasta diante de seu crescente desgaste político. Foi reeleito líder na Câmara, onde representa 39 deputados, além de ter o aval do senador Francisco Dornelles (PP-RJ).
Ele também preenche, segundo o blog da Cristiana Lôbo, o perfil definido pela presidente Dilma Rousseff: um deputado da região Nordeste, que, como líder da bancada na Câmara, fale pelo partido ou tenha o apoio da maior parcela dos parlamentares da legenda - o que já não acontece mais com Negromonte.
Em votações importantes no Congresso, como a aprovação do salário mínimo de R$ 600 e a emenda 164 ao Código Florestal, Ribeiro votou com a base aliada ao governo. Dias antes de sua nomeação, já havia sido recebido pela presidente no Palácio do Planalto.
Natural de Campina Grande (PB), Ribeiro já foi secretário estadual de Agricultura, Irrigação e Abastecimento e de Ciência e Tecnologia, Recursos Hídricos e Meio Ambiente. Foi também secretário municipal de Ciência e Tecnologia em João Pessoa, além de já ter contabilizado dois mandatos como deputado estadual.
Ele chegou a responder no Tribunal Regional Federal da Paraíba a processo impetrado pelo Ministério Público Federal por suspeita de improbidade administrativa na época em que era secretário de Agricultura.
Segundo a ação, que teve julgamento favorável ao deputado e ainda cabe recurso, foram encontradas supostas irregularidades em dispensa de licitação em convênio da secretaria com o governo federal. Também foram identificadas aquisições de equipamentos com verba originalmente destinada ao combate da febre aftosa, prevista no mesmo contrato.
Em sua defesa, Ribeiro argumentou que o convênio foi estabelecido dentro da legalidade e os equipamentos comprados emergencialmente, o que dispensaria licitação.
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