A informação é que se aguarda para os próximos dias detalhes do esquema na Paraíba, que forçava ligações clandestinas em residências de clientes, com a instalação de um fio preto durante a troca do medidor na residência dos consumidores, por funcionários da Energisa. Os clientes não sabiam, no entanto, que estavam caindo em um golpe da concessionária.
Após forjar o desvio, que era detectado pelos próprios funcionários da Energisa, a empresa aplicava uma multa de R$ 7 mil aos consumidores. Todo o dinheiro ia direto para os cofres da empresa. O esquema foi descoberto e denunciado por um funcionário da Energisa, em 2013. As denúncias chegaram a parlamentares, que denunciaram o caso. A vereadora Raíssa Lacerda ajudou a mais de 300 clientes ingressarem com ações na Justiça e muitos clientes prejudicados chegaram a ser ressarcidos após a divulgação do caso.
Em 2016, no entanto, o Ministério Público do Estado da Paraíba firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a Energisa, que pagou uma multa no valor de R$ 800 mil, com a maioria dos recursos sendo destinados à Esma e à Associação do Ministério Público.
Como não houve transparência e publicidade sobre o arquivamento da investigação, o caso agora corre risco de virar CPI na Assembleia Legislativa da Paraíba e até na Câmara Municipal da Capital. O deputado Anísio Maia (PT) já protocolou o pedido, com 20 assinaturas, para a instalação da investigação.
Fonte: PB Agora
