A mulher do cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Ilídio Andrade, 49, ferido em uma explosão durante uma manifestação no Rio de Janeiro, visitou o marido, na noite de domingo (9) no Hospital Souza Aguiar, no centro da cidade, e disse que "sentiu que ele não estava nem mais lá". Santiago foi atingido na cabeça quando registrava o protesto, na quinta-feira (6), e está no CTI em estado grave.
"Perdoar? Meu marido está indo embora, eles destruíram uma família. Uma família que era unida, muito unida mesmo", disse Arlita Andrade, em entrevista à "TV Globo". "Os médicos disseram que o estado dele é grave, disseram de manhã que teriam desligado os aparelhos porque estavam somente aguardando ou milagre ou a morte cerebral."
"Quando entrei [no CTI], senti que ele não estava nem mais lá. Ele não estava lá. Eu fiquei pensando isso aí eu tenho que botar para fora, tenho que mostrar que ele não pode estar indo embora em vão".
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu no domingo o estudante universitário e tatuador Fábio Raposo, indiciado como coautor da explosão que feriu o cinegrafista. Segundo informações da Polícia Civil, Raposo foi localizado na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio.
"Perdoar? Meu marido está indo embora, eles destruíram uma família. Uma família que era unida, muito unida mesmo", disse Arlita Andrade, em entrevista à "TV Globo". "Os médicos disseram que o estado dele é grave, disseram de manhã que teriam desligado os aparelhos porque estavam somente aguardando ou milagre ou a morte cerebral."
"Quando entrei [no CTI], senti que ele não estava nem mais lá. Ele não estava lá. Eu fiquei pensando isso aí eu tenho que botar para fora, tenho que mostrar que ele não pode estar indo embora em vão".
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu no domingo o estudante universitário e tatuador Fábio Raposo, indiciado como coautor da explosão que feriu o cinegrafista. Segundo informações da Polícia Civil, Raposo foi localizado na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio.
Pela explosão que feriu gravemente o profissional da "Band", Raposo foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado pelo uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão. Se condenado, ele pode receber uma pena de até 35 anos de prisão.
O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª DP (São Cristóvão) e responsável pela investigação, informou que Raposo aceitou colaborar com a polícia em benefício da delação premiada. Arlita disse que tem recebido informações sobre a investigação da polícia.
"Eu vi [Raposo] pedindo desculpa, mas eu acho que o que falta neles é o amor, o amor pelas pessoas, porque a gente não faz isso. Ele disse que foi sem intenção. Que seja, mas meu marido estava trabalhando, estava mostrando uma manifestação", afirmou a mulher do cinegrafista.
"Eu acho que estes rapazes que fizeram isso, que meu marido sofreu, eles não tiveram, talvez, as mães que não deram estes ensinamentos que dei para os meus filhos. Como é que a gente vai ter paz no mundo se a gente não ensina para os filhos da gente? Então, isso é uma coisa que me deixou muito triste porque ele não merecia, é uma pessoa muito boa", disse. "Ele procurava sempre ajudar todos."
Em entrevista coletiva à imprensa, no sábado (8), o delegado Maurício Luciano, titular da 17ª DP (São Cristóvão), responsável pelo caso, informou que Raposo responde por dano ao patrimônio público e associação criminosa em inquérito que ainda tramita na 5ª DP (Mem de Sá). O suposto crime ocorreu em outubro de 2013.
O tatuador também foi fichado, em novembro do ano passado, pelo crime de ameaça em inquérito aberto na delegacia do Leblon (14ª DP), onde assinou um termo circunstanciado e foi liberado em seguida.
Fonte: Uol