Para Couto, setores da polícia, inclusive pessoas com cargos de comando, praticam o corporativismo e perderam o foco da razão da existência do serviço público, "que é o de servir a sociedade dentro da observância da lei e das normas do poder público".
O parlamentar ressaltou que ao cumprir a resolução da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, que veda o uso em fardamentos e veículos oficiais de símbolos e expressões com conteúdo intimidatório e ameaçador, bem como de frases, jargões e jingles que façam apologia ao crime e à violência, a PM paraibana está simplesmente se subordinando a uma norma oficial, "obrigação de cada cidadão, de cada instituição, de cada autoridade".
Luiz Couto lembrou que a caveira e sua faca não são "na nossa cultura" a imagem que determinados setores da polícia apregoam. "Na nossa cultura, a caveira simboliza antes de tudo o perigo, o medo, a morte. No contexto da sociedade brasileira estas são as primeiras mensagens que a caveira transmite. É isto que está no imaginário", enfatizou.
O deputado afirmou que "as ressignificações" que alguns grupos dão para a caveira são restritas a códigos internos destes grupos, sejam roqueiros, motoqueiros e tribos urbanas das mais diversas. Acrescentou que um policial em atividade é antes de tudo um servidor público. "Não é um sócio de um clube, um membro de uma tribo urbana e nem o adepto de uma vertente musical ou de uma rede para agregação de amigos".
Por fim, repetiu o que tem apregoado: a caveira é símbolo de morte e não condiz com o direito humano à justiça, à segurança e à paz. "Muito menos com os atributos que defendemos para a polícia: inteligência, coragem, ação".
Fonte: Ascom Dep. Luiz Couto