Problemas graves na sala de cirurgia do Hospital e Maternidade Maria do Carmo Monteiro Borges, levaram o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditar eticamente a casa de saúde. O CRM também interditou a Unidade Básica de Saúde (UBS).
As interdições ocorreram nesta segunda-feira (7), no Centro do município de Pilar. As duas unidades de saúde já tinham passado por vistorias anteriores, mas nenhuma das pendências foi solucionada.
No Hospital, foram identificados sérios problemas, os mais graves na sala de cirurgia. Eurípedes Mendonça disse que o local não tem equipamentos adequados para os procedimentos cirúrgicos, como desfibrilador, além condições inadequadas de esterilização e medicamentos vencidos. “Verificamos também que não há médicos nas terças e quartas-feiras das 7h às 19h, vários problemas de manutenção, acumulo de vegetação nas dependências do hospital e falta de proteção para evitar o acesso de animais na parte de trás do prédio”, destacou o diretor de Fiscalização CRM-PB.
Eurípedes Mendonça disse que o hospital havia sido inspecionado em agosto de 2010, mas não foram atendidas nenhuma das recomendações. A diretoria da unidade hospitalar foi informada que, se nos próximos dias, os problemas não forem resolvidos, o CRM-PB, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PB) e o Conselho Regional de Farmácia (CRF-PB) irão interditar eticamente todas as dependências do hospital.
UBS de Pilar – Durante a fiscalização, que contou com a participação do promotor da cidade, Aldenor de Medeiros Batista, além de representantes do Coren-PB e do CRF-PB, também foi interdita uma USB. Segundo Eurípedes Mendonça, a unidade apresenta diversos problemas, como a falta de privacidade nas consultas, mau cheiro em função do terreno ao lado abrigar um curral e falta de acessibilidade e banheiros.
“Esta USB está em condição difícil. O ventilador utilizado no consultório médico é emprestado por uma vizinha que mora na residência ao lado da unidade. No momento da fiscalização, fomos surpreendidos por cinco maribondos dentro do consultório. Não há condições de se atender sem privacidade, com mau cheiro e ainda com a presença de insetos”, destacou o diretor de Fiscalização do CRM-PB.