21 de out. de 2011

Paraibana diz que sofre com lesões provocadas em Curso de Bombeiros.

A turma e a farda foram o que sobrou do sonho de Tatiana Farias de Andrade de ser uma Bombeiro Militar. Em outubro de 2010, ela sofreu uma lesão na perna durante o curso de formação de soldado em João Pessoa. De acordo com Tatiana, a lesão foi provocada por uma carga excessiva de atividade física. Hoje a família luta na Justiça para que o Governo da Paraíba financie o tratamento e os remédios.


A aluna recebeu um atestado de sete dias e o repouso deveria ter sido absoluto. Segundo Tatiana, a coordenação do curso não teria aceito o descanso e a obrigou a frequentar as aulas como condição para não perder o curso. Em uma gravação, feita no dia do treinamento, é possível ver que Tatiana acompanha as atividades sentada em uma cadeira. Na época da gravação ela só andava com o apoio de duas muletas. “A Junta Médica Militar não me liberou. Disse que eu tinha que ficar no curso”, afirmou Tatiana Farias.

 Segundo o pai da aluna, os problemas de saúde aumentaram quando ela foi obrigada a ficar em pé por mais de duas horas,  mesmo sentindo dores. “Não foi prestado o devido socorro. Os colegas levaram ela nos braços para o alojamento”, disse Tarcísio Roberto de Farias.

 Mesmo com vários atestados  médicos, que pediam repouso absoluto por trinta dias, a jovem disse que não conseguiu a dispensa da corporação. A saúde piorou até não conseguir dar mais um passo sozinha.

 Desde janeiro, Tatiana passa a maior parte do tempo na cama. Ela praticamente não anda e, na maioria das vezes, os remédios não dão conta das dores. A família gasta por mês cerca de R$ 400 só com medicamentos. “Ela tem uma hérnia discal na região lombar que incomoda tanto que vive sob a utilização de analgésico”, explicou Tatiana Medeiros, a médica da família.

 Em maio, o juiz rui Jander Teixeira da Rocha, da 3ª Vara de Campina Grande, determinou que o Estado fornecesse o tratamento e os remédios, mas a ordem ainda não foi cumprida, segundo o advogado da família. ”Até agora essa liminar restou como desobedecida e completamente descumprida”, disse o advogado Amaro Pinto.