O jornal de negócios norte-americano Wall Street Journal, um dos mais influentes do mundo, publicou um artigo na última terça-feira (9) para defender as ideias liberais de Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL. "Bolsonaro é melhor compreendido como um populista conservador que promete tornar o Brasil admirável pela primeira vez", afirma o texto.
De acordo com a publicação, os progressistas tiveram um "ataque de ansiedade" com a quase vitória de Bolsonaro no primeiro turno do pleito e destaca que, aparentemente, os quase 50 milhões de brasileiros que votaram nele "sabem exatamente do que o Brasil precisa".
"Talvez eles [eleitores brasileiros] saibam mais do que os críticos ao redor do mundo", escreveu o jornal em relação aos ataques recebidos pelo presidenciável.
O jornal ainda ressalta que Bolsonaro "atraiu o apoio da classe média" ao se comprometer em reduzir a corrupção no Brasil, bater de frente com a criminalidade e libertar os empresários brasileiros das mãos do governo.
Ao comentar sobre Paulo Guedes, o guru econômico de Bolsonaro, a publicação menciona o compromisso da chapa em vender algumas subsidiárias da Petrobras, mesmo sem se comprometer em privatizar totalmente a estatal. O artigo ainda menciona o interesse da equipe do candidato em conter o rombo das contas públicas do governo.
Criminalidade
O texto do jornal de negócios ainda cita o compromisso de Bolsonaro em reduzir a criminalidade no Brasil. "No crime, ele promete restaurar a presença policial em áreas urbanas e rurais", afirma.
"Os oponentes de Bolsonaro alegam que ele elogiou as forças armadas e a ditadura de 1964-1985, sugere que ele é uma ameaça à democracia. Mas ele não propõe mudar a Constituição", avalia o artigo como crítica à proposta apresentada pelo plano de governo de Fernando Haddad, adversário de Bolsonaro no segundo turno.
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"Haddad quer reescrever a constituição para incluir uma assembleia constituinte ao longo das linhas do modelo venezuelano. Ele [Haddad] também quer mudar a forma como as promoções militares são feitas, dando o poder ao presidente. Isto é do manual de Hugo Chávez", critica o Wall Street Journal.
O artigo ainda relata que o petista foi o nome "escolhido a dedo" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso condenado a 12 anos de prisão. "Ele e sua sucessora geriram mal a economia", afirma.
"Depois de tanto tumulto político e corrupção, não é de surpreender que os brasileiros estejam com um candidato que prometa algo melhor", finaliza o texto.
Fonte: R7