O agente de trânsito da operação Lei Seca que morreu após ser atropelado durante uma blitz na madrugada do sábado (21) vai ser velado na Escola Técnica Estadual de Mangabeira, em João Pessoa, a partir desta segunda-feira (23). Segundo a família, que até as 6h30 (horário local) ainda aguardava a liberação do corpo, o enterro está programado para acontecer à tarde no Cemitério do Cristo Redentor. Diogo Nascimento, de 34 anos, morreu no domingo (22) no Hospital de Emergência e Trauma.
Segundo nota do hospital, a morte aconteceu por volta das 18h (horário local). Mais cedo, o hospital havia informado ter aberto um protocolo de investigação de morte encefálica. De acordo com a nota oficial da unidade, "no início da noite, foram realizados novos exames, que mostraram não mais haver fluxo cerebral, confirmando-se, portanto, o óbito do paciente". Na nota, o hospital informa ainda que comunicou a morte aos familiares. O agente estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com estado neurológico que era considerado gravíssimo.
Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) realizam durante a manhã desta segunda-feira um protesto em frente à sede do órgão em João Pessoa, interrompendo o atendimento aos usuários durante todo o dia. Por conta da paralisação, o Detran informou através de nota que "os usuários que tiverem processos cujos vencimentos estão previstos para este dia poderão, sem prejuízo de seus direitos, realizar os procedimentos relativos aos mesmos no próximo dia útil".
Ainda no domingo, a Justiça concedeu um habeas corpus que suspende o pedido de prisão temporária de Rodolpho Carlos, que dirigia o carro envolvido no atropelamento. A decisão foi do desembargador plantonista Joás de Brito Pereira Filho, que entendeu “não existir justa causa para justificar o cerceamento do direito de locomoção” do motorista.
Segundo o habeas corpus, o mandado de prisão temporária havia sido expedido no sábado pela juíza plantonista do 1º Juizado Especial Misto de Mangabeira, Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz.
No final da tarde do sábado, o carro envolvido no acidente chegou na Central de Polícia Civil para ser submetido a uma perícia. A data do procedimento não foi divulgada pela polícia.
Ainda no sábado, a defesa de Rodolpho Carlos informou que está empenhada em colaborar com a investigação da Polícia Civil. Segundo o advogado Sheyner Asfora, a iniciativa de entregar o carro à perícia foi do dono do veículo. O advogado destacou também que a família está consternada com o que aconteceu e que se solidariza com o agente de trânsito ferido.
Fonte: G1 Paraíba