Para ele, na maioria das rádios, existem barreiras intransponíveis para se ter acesso ao quadro de sócios da entidade e suas diretorias são fruto de assembleias fantasmas. "São grupos fechados, geralmente dominados por uma figura que tem a rádio como propriedade particular desse diretor", prática essa que Pedro Graciano não viu na rádio de Itabaiana.
Para o radialista comunitário Beto Palhano, é fácil saber se uma rádio é comunitária ou não. Basta ver se existe na realidade rodízio na direção da rádio. “Se tem presidente perpétuo, não é comunitária”, disse ele.
Pedro Graciano é radialista na Rádio Rural de Guarabira, e começou sua carreira na Rádio Comunitária Araçá, de Mari, cidade onde nasceu. “Aquela rádio de Mari, atualmente, é uma lástima, porque está a serviço de um grupo político”, criticou ele.
Sobre a Rádio Araçá, assim se pronunciou o leitor José Fernando Joaquim Neto, de Mari: “A Rádio Comunitária Araçá FM de Mari é uma emissora onde prevalecem os interesses políticos partidários e pessoais de sua direção e de alguns comunicadores de pseudos programas jornalísticos. Desde alguns anos, a emissora tem assumido papel de difusora das vontades de um grupo político da cidade, servindo de instrumento de manipulação em massa para alienar o povo de pouco conhecimento e pouco bom senso.” Para ele, muito mais do que a democratização da comunicação, “é necessário que haja um controle para que a direção e o conselho gestor dessas emissoras não caiam nas mãos de lobos em pele de cordeiros, sedentos pelos benefícios do poder.”
Fonte: Tribuna do Vale Online