Luiz Paes de Araújo Neto, acusado de matar a estudante Aryane Thaís Carneiro de Azevedo, será julgado nesta quinta-feira, às 14h, no 1º Tribunal do Juri da Comarca de João Pessoa, no Fórum Criminal da Capital.
Luiz Paes era ex-namorado de Aryane Thaís, que foi encontrada morta às margens da BR-230 no dia 15 de abril de 2010. Exames feitos depois confirmaram que ela estava grávida do acusado. De acordo com os autos do processo, Luiz tinha se encontrado com Aryane na noite anterior a que o corpo foi encontrado, ainda segundo as investigações, na ocasião, o casal chegou a discutir por conta da gravidez indesejada.
Para a mãe da jovem o júri pode significar um ponto final em uma história de luta por justiça, que já dura três anos e quatro meses.
“A notícia do júri popular foi recebida com ansiedade pela família e para mim é uma grande vitória, que eu gostaria de compartilhar com as outras mães que perderam seus filhos e filhas, gostaria de dizer a cada uma dessas mães que nunca deixem de acreditar, que nunca desistam de lutar por justiça pelos seus filhos", disse.
Em 2012, a defesa de Luiz Paes de Araújo Neto entrou com um Recurso em Sentido Estrito para evitar o júri popular, mas a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba rejeitou o pedido. A tentativa da defesa de impedir o julgamento do acusado em júri popular também foi frustrada pelo Supremo Tribunal de Justiça, quando negada pelo ministro relator da 5ª Turma do STJ em 2013.
"Enquanto for necessário eu permanecerei lutando, porque hoje eu ainda choro, mas não é um choro violento por ter perdido a minha filha, mas a cada vitória eu sinto ela me estimulando, porque minha luta não é em vão e o que eu prometi a minha filha eu vou cumprir”, concluiu Hipernestre.
No caso Ariane, o advogado Genival Veloso vai atuar na defesa do réu, e como assistente de acusação, o advogado Abraão Beltrão. Na Promotoria de Justiça atuará o promotor Alexandre Varanda Paiva. A sessão será presidida pelo juiz Marcos William de Oliveira.
Caso Aluízio de Lucena - Já o julgamento de Rodrigues Marx, acusado de matar Aluízio Henriques de Lucena, que seria realizado na tarde desta quarta-feira (18), foi adiado para o mês de novembro, em data a ser marcada pelo Tribunal do Juri. O motivo do adiamento foi a ausência do advogado de defesa, que justificou o fato em virtude de estar em audiência no turno da manhã, na cidade de Itaporanga.
O julgamento estava marcado para acontecer às 14h, na sala de sessões do 1º Tribunal do Juri de João Pessoa, no Fórum Criminal da Capital.
Rodrigues Marx é acusado de matar o estudante Aluízio Henrique Silva, fato acontecido no dia 30 de setembro de 2012, após o acusado invadir uma casa em Mangabeira, onde se encontrava a vítima. Aluízio era o principal suspeito de matar Marx Nunes Xavier, de 25 anos.
O crime aconteceu no dia 8 de agosto de 2011, na praia do Jacaré, em Cabedelo, quando Rodrigues Marx tentava defender um homossexual de uma agressão praticada por Aluízio e um outro amigo.
Fonte: Portal Correio