O Clementino Fraga é o
único na PB com estrutura para atender pacientes com doenças infectocontagiosas
graves
Diante do
impasse envolvendo o Hospital Estadual Clementino Fraga, em João Pessoa e o
Hospital Regional de Guarabira, onde as Unidades de Terapia Intensiva (UTI´s)
encontram-se, por decisão do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB),
interditadas desde o mês passado devido à falta de médicos no local, a
Cooperativa de Médicos Intensivistas da Paraíba (Coomit-PB) propõe dialogar com
o Governo do Estado para que, juntos, cheguem a um acordo que possa sanar o
problema e não prejudicar, ainda mais, à sociedade.
O diretor da
Coomit-PB, Almir Nóbrega, atenta para o prejuízo ocasionado à população com o
fechamento da UTI do Clementino Fraga, já que o hospital é o único no Estado
que tem estrutura para atender pacientes vítimas de doenças infectocontagiosas
graves, e com o Regional de Guarabira, que dá suporte a toda região do Brejo.
Onze intensivistas
atendiam na UTI do Clementino numa estrutura dotada de seis leitos super especializados com isolamento individual do paciente. Já em Guarabira, a
unidade hospitalar conta com seis leitos na sua Unidade de Terapia Intensiva e os
pacientes são acompanhados por cinco médicos.
“Os grandes
prejudicados com a falta de médicos intensivistas nas UTI´s do Clementino Fraga
e do Regional de Guarabira são os pacientes mais humildes, que necessitam da
saúde pública para salvar suas vidas. É por isso que precisamos urgentemente
resolver a situação em ambos os hospitais”, frisou Almir Nóbrega, destacando
que na unidade hospitalar de João Pessoa são atendidos pacientes portadoras do vírus
HIV e vítimas da tuberculose.
De acordo
com a Coomit, o déficit de profissionais nestas unidades hospitalares foi
ocasionado pela falta de contrato com o Governo do Estado e por salários
atrasados. Os médicos sugerem a renovação do contrato com reajustes que
recuperem, no mínimo, as perdas inflacionárias referentes ao último ano (2012),
e que as cláusulas contratuais garantam o vínculo da categoria nos serviços a
que forem destinados, assim como defende a Justiça Comum.
Fim do contrato
O convênio
com o Clementino Fraga encerrou no dia 27 de dezembro de 2012, e no Regional de
Guarabira o encerramento data de 14 de fevereiro de 2013. Apesar da
instabilidade contratual, os médicos trabalharam durante os meses de janeiro,
fevereiro e parte do mês de março, sem receber qualquer remuneração.
Logo após a
interdição nas unidades hospitalares, a Coomit emitiu um comunicado solicitando
uma audiência com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para posterior
negociação e resolução do problema.
Problema com anestesistas
Na última
segunda-feira (08), os médicos anestesistas dos hospitais de Itabaiana,
Itapororoca e Guarabira também tiveram que interromper os atendimentos pelo
mesmo motivo: carência de contrato e salários atrasados.
Fonte: Assessoria de Imprensa da COOMIT-PB