10 de abr. de 2013

Cooperativa propõe dialogar com o Governo do Estado e se preocupa com a falta de vagas em UTI’s.


 O Clementino Fraga é o único na PB com estrutura para atender pacientes com doenças infectocontagiosas graves

Diante do impasse envolvendo o Hospital Estadual Clementino Fraga, em João Pessoa e o Hospital Regional de Guarabira, onde as Unidades de Terapia Intensiva (UTI´s) encontram-se, por decisão do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), interditadas desde o mês passado devido à falta de médicos no local, a Cooperativa de Médicos Intensivistas da Paraíba (Coomit-PB) propõe dialogar com o Governo do Estado para que, juntos, cheguem a um acordo que possa sanar o problema e não prejudicar, ainda mais, à sociedade.

O diretor da Coomit-PB, Almir Nóbrega, atenta para o prejuízo ocasionado à população com o fechamento da UTI do Clementino Fraga, já que o hospital é o único no Estado que tem estrutura para atender pacientes vítimas de doenças infectocontagiosas graves, e com o Regional de Guarabira, que dá suporte a toda região do Brejo.

Onze intensivistas atendiam na UTI do Clementino numa estrutura dotada de seis leitos super especializados com isolamento individual do paciente. Já em Guarabira, a unidade hospitalar conta com seis leitos na sua Unidade de Terapia Intensiva e os pacientes são acompanhados por cinco médicos.

“Os grandes prejudicados com a falta de médicos intensivistas nas UTI´s do Clementino Fraga e do Regional de Guarabira são os pacientes mais humildes, que necessitam da saúde pública para salvar suas vidas. É por isso que precisamos urgentemente resolver a situação em ambos os hospitais”, frisou Almir Nóbrega, destacando que na unidade hospitalar de João Pessoa são atendidos pacientes portadoras do vírus HIV e vítimas da tuberculose.

De acordo com a Coomit, o déficit de profissionais nestas unidades hospitalares foi ocasionado pela falta de contrato com o Governo do Estado e por salários atrasados. Os médicos sugerem a renovação do contrato com reajustes que recuperem, no mínimo, as perdas inflacionárias referentes ao último ano (2012), e que as cláusulas contratuais garantam o vínculo da categoria nos serviços a que forem destinados, assim como defende a Justiça Comum.

Fim do contrato

O convênio com o Clementino Fraga encerrou no dia 27 de dezembro de 2012, e no Regional de Guarabira o encerramento data de 14 de fevereiro de 2013. Apesar da instabilidade contratual, os médicos trabalharam durante os meses de janeiro, fevereiro e parte do mês de março, sem receber qualquer remuneração.

Logo após a interdição nas unidades hospitalares, a Coomit emitiu um comunicado solicitando uma audiência com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para posterior negociação e resolução do problema.

Problema com anestesistas

Na última segunda-feira (08), os médicos anestesistas dos hospitais de Itabaiana, Itapororoca e Guarabira também tiveram que interromper os atendimentos pelo mesmo motivo: carência de contrato e salários atrasados.

Fonte: Assessoria de Imprensa da COOMIT-PB