O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 156 bilhões em 2012, uma alta de 12% em relação a 2011, informou a instituição nesta terça-feira (22).
Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, foram liberados para micro, pequenas e médias empresas R$ 50,1 bilhões, um recorde na história do banco. Somente em dezembro, os desembolsos do BNDES atingiram R$ 34,2 bilhões, outro recorde do banco, segundo Coutinho.
Coutinho ressaltou ainda, ao divulgar o desempenho do banco em 2012, que as consultas tiveram alta de 60%, na comparação com o ano anterior, somando R$ 312,3 bilhões, assim como as aprovações, que cresceram 58% (R$ 260,1 bilhões), o que mostra uma tendência de aceleração dos investimentos de 2013.
"Não só as consultas aumentaram em volume, mas em qualidade, o que é muito importante, pois siginifica grandes projetos", explicou Coutinho.
Juntas, indústria e infraestrutura somaram 65% (R$ 100 bilhões) do total desembolsado pelo banco em 2012. Na infraestrutura, energia elétrica (com R$ 18,9 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 15,5 bilhões) liderara, enquanto química e petroquímica (R$ 8,5 bilhões) e material de transporte (R$ 7 bilhões) foram os destaque das liberações para a indústria em 2012. O setor de serviços fechou o ano com desembolsos de R$ 44 bilhões, ou 28% do total desembolsado pelo banco em 2012.
"O bom desempenho do banco em 2012 é resultado, em grande parte, do
conjunto de medidas adotadas pelo Governo Federal para estimular o crescimento dos investimentos no país", afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em coletiva no Rio de Janeiro.
Luciano Coutinho não quis fazer uma previsão para 2013. Para ele, "tudo depende de uma série de previsões em função da agenda de debêntures e compartilhamento de operações com o mercado. Ele disse apenas que tem uma estimativa alta de formação bruta de capital 5,5% a 6%. "Mas queremos mais", disse.
Em setembro de 2012, o BNDES divulgou que de janeiro a julho de 2012, os desembolsos do banco somaram R$ 67,9 bilhões, uma variação negativa de 2% em comparação ao mesmo período de 2011. Mas as aprovações chegaram a R$ 86,8 bilhões, numa alta de 2% em comparação ao primeiro semestre de 2011.
Fonte: G1