Com o apoio e mobilização de várias entidades e órgãos defensores dos direitos humanos, destacadamente o Movimento dos Sem Terra (MST), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Grupo “Tortura Nunca Mais”, Associação dos Anistiados Políticos, Memorial das Ligas Camponesas, e apoiado em dados do jornal Diário de Pernambuco, e, em face da celebração dos cinquenta anos da morte de João Pedro Teixeira, bem como da nomeação do Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, neto de Agnaldo Veloso Borges, acusado como mandante da morte deste líder camponês, o deputado Valmir Assunção, em recente discurso na Câmara dos Deputados, alertou o país para a nomeação desse deputado vinculado a um passado sombrio, e destacou, ademais, que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), requerida à época (1962), pelo então deputado estadual Agassiz Almeida, apontou os criminosos do líder camponês João Pedro Teixeira. As provas colhidas foram destruídas quando do desfecho do Golpe Militar de 1964.
NOTA: Procurado para se manifestar sobre estes fatos, o escritor Agassiz Almeida assim se pronunciou: “Quero expressar, neste ensejo, as minhas homenagens ao trabalho do deputado Valmir Assunção, cuja atuação engrandece a luta dos camponeses latino-americanos. A nomeação desse filhote do malufismo para o cargo de Ministro das Cidades violenta a história daqueles que tombaram em defesa dos condenados e desamparados do campo, a legião dos camponeses”.
E acrescentou: “O que fala bem alto à consciência da nação é o silêncio comprometedor de todos os que se fizeram omissos ante os nefastos crimes”.
Dados do Centro de Referência dos Direitos Humanos do Agreste da Paraíba