Um pastor evangélico usou as redes sociais para denunciar que a sua filha e uma colega da escola municipal onde estudam, Manoel Antônio Coelho Andrade, no município de Algodão de Jandaíra, teriam sido expulsas da banda musical da escola, a Banda Fanfarra, por terem se recusado a tirar uma foto com a prefeita da cidade, Maricleide Izidro. A denúncia do pastor João Soares tem repercutido nas redes sociais, principalmente na cidade, onde a população tem prestado solidariedade ao pai da adolescente.
“O fato aconteceu na última terça-feira (14) e só hoje ficamos sabendo do que aconteceu, não nos chamaram na Escola”, disse o pastor, ontem, por meio de seu perfil no Facebook. Para ele, a diretoria da escola cometeu uma injustiça com sua filha e a amiga.
“Que tamanha decepção ao encontrar nossa filha aos prantos no meio da rua, dizendo que tinha sido expulsa da banda pela diretora Deborah e pelo instrutor. Qual o crime que ela cometeu? Nenhum”, desabafou o pastor, em seu perfil do Facebook. Segundo o denunciante, ele não foi comunicado sobre a expulsão e a escola teria esperado as meninas irem para o ensaio para comunicar a expulsão, fazendo com que as jovens constrangidas e humilhadas.
Segundo ele, a sua filha é extremamente tímida, o que deve ter motivado a recusa de tirar a foto com a “autoridade da cidade”, durante a entrega dos instrumentos, em um ato civil público.
“Segundo alguns alunos que estavam hoje no ensaio o instrutor disse que elas foram expulsas da banda para elas aprenderem a obedecê-lo. Em conversa com a diretora Debora ela nos alegou que foi um constrangimento para a prefeita o ato de recusa das meninas, e que repercutiu de forma negativa”, conta o pastor.
“Por timidez não participa de nenhum ministério da igreja, já passou por acompanhamento psicológico para vencer seus bloqueios e agora que vence tem os seus sonhos castrados por pessoas que se acham superiores e estão acima do bem e do mal. Eu não aceito isso. Elas não são obrigadas a nada”, disse o pai da adolescente.
João Soares disse que procurou a secretária de Educação, Valdinete Virgínio, mas não conseguiu falar com e nem com a prefeita e suas mensagens e recados por meio de assessores não foram respondidos. Por isso teve que expor a situação e pretende entrar com representação no Ministério Público contra os envolvidos. “Constrangimento ilegal é crime e está previsto no artigo 146 do Código Penal Brasileiro”, disse o pai da adolescente.
Fonte: Click PB