Dez horas depois de receber as águas do Rio São Francisco, o açude Epitácio Pessoa, conhecido como açude de Boqueirão, no Cariri paraibano, parou de registrar queda em seu volume, de acordo com o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) da Paraíba, João Fernandes. A medição do volume foi feita na manhã desta quarta-feira (19).
Atualmente, o açude de Boqueirão está com 2,9% da capacidade máxima, o que corresponde a quase 12 milhões de metros cúbicos. Segundo João, da noite de terça-feira (18) até o começo desta quarta-feira, o açude perdeu em média 59 mil metros cúbicos, mas recebeu aproximadamente uns 100 mil metros cúbicos da transposição. "O manancial está estável, isso já pode ser considerado um avanço. Acredito que a partir de quinta-feira já vamos podemos ver um aumento no volume de água”, prevê.
Racionamento sendo reavaliado
Com o pior nível desde a fundação, no fim da década de 1950, Boqueirão começa a receber as águas do Rio São Francisco com a expectativa de sair do volume morto em até três meses. O açude que abastece 1 milhão de habitantes em Campina Grande e outras 18 cidades chegou nesta terça-feira a 2,9% da capacidade.
Por conta das condições do reservatório, que abastece 1 milhão de habitantes, Campina Grande e outras 18 cidades estão em racionamento desde 6 de dezembro de 2014. A Cagepa anunciou no dia 14 que o racionamento deveria ser reduzido a partir desta semana por conta da chegada das águas do Rio São Francisco ao reservatório. Mas João Fernandes disse nesta quarta-feira que ainda é necessário avaliar o comportamento do volume de água para definir quando isso vai ser possível.