Uma operação realizada pelo Ministério Público da Paraíba na manhã desta quinta-feira (12) faz buscas na sede da prefeitura de Gado de Bravo, Agreste paraibano. O motivo é a suspeita de fraudes em licitações públicas. O MP estima que a organização criminosa teria desviado mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos.
Policiais militares, civis, nove promotores e uma equipe do Corpo de Bombeiros cumprem sete mandados de buscas domiciliares, três de prisões temporárias e mais três de conduções coercitivas, quando o detido é obrigado a prestar depoimento sobre o caso.
Contato através dos telefones disponíveis no site da prefeitura de Gado Bravo, mas as ligações não foram completadas ou os números não pertecem a órgãos municipais.
De acordo com o MPPB, o esquema era comandado pelo secretário de Finanças do município. Ele e outros servidores fraudavam processos licitatórios, falsificavam documentos e utilizavam indevidamente dados de diversas pessoas como credores para fazer empenhos de serviços que nunca foram realizados ou que foram superfaturados. As investigações apontam que as fraudes beneficiavam familiares do prefeito.
Desde o início do ano, o Ministério Público investigava as fraudes. Após cruzamento de informações do Sistema de Acompanhante da Gestão de Recursos da Sociedade (Sagres), foram constatadas inconsistências em valor desviado que chega a mais de R$ 357 mil apenas em 2015. Em nome de um vaqueiro que trabalha para a família do prefeito, o MPPB descobriu empenhos que totalizam R$ 160 mil.
A operação foi batizada com o nome 'Salinas' porque, segundo o Ministério Público, o esquema criminoso era administrado no Sítio Salinas, onde residem os principais investigados. Uma coletiva de imprensa está marcada para as 10h30 desta quinta-feira (12) no Ministério Público em Campina Grande para que sejam repassadas mais informações sobre o caso.
Fonte: G1 Paraíba