Após duas horas de intensas negociações, trabalhadores e representantes do sistema de transporte público por ônibus de Campina Grande chegaram a um acordo na tarde da quinta-feira (09), tendo como local a Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego. Na oportunidade, as partes definiram sobre o novo valor do piso da categoria dos operadores do transporte coletivo, beneficiando, com um reajuste linear de 10%, cerca de 4 mil trabalhadores.
De acordo com que ficou deliberado na chamada “Mesa Redonda”, a partir de 1 de julho, o salário do motorista de ônibus é de R$ 1.613,00, mais R$ 400,00 de vale alimentação, além de 2% sobre o faturamento do ônibus, podendo a remuneração do motorista chegar a R$ 2.300,00.
Outros integrantes da categoria também terão seus vencimentos reajustados a partir deste mês. Fiscal de tráfego e despachantes passam a receber o piso salarial de R$ 1.452,00 e tíquete alimentação de R$ 300,00; cobrador R$ 886,00 mais R$ 240,00 de auxilio alimentação.
Para Antonino Macedo, presidente do Sindicato que representa os trabalhadores, esse reajuste de 10% foi uma grande conquista para a classe. Segundo ele, em Fortaleza, capital do estado do Ceará, os trabalhadores só conseguiram 9,5% de reajuste. O dirigente sindical também comemorou os reajustes nos valores obtidos para o vale alimentação.
Em entrevista à imprensa, o diretor institucional do SITRANS, Anchieta Bernardino, informou que por conta desse reajuste salarial, mais os constantes aumentos nos insumos que incidem sobre o serviço do transporte público de passageiros por ônibus, a exemplo do óleo diesel, pneus e peças, as empresas não tem como manter o serviço com a tarifa de R$ 2,30. Anchieta adiantou que as empresas irão apresentar à STTP a planilha com os custos atualizados do sistema, que aponta uma tarifa de R$ 2,70.
Fonte: iParaiba com Ascom