14 de jul. de 2014

Schweinsteiger agradece povo brasileiro e afirma: "Também jogamos para os brasileiros".


O ferimento no rosto, resultado da duríssima final, era a prova de que Bastian Schweinsteiger deu tudo em campo para conquistar, enfim, com a Copa do Mundo. Em 2006 e 2010, chegou pertinho, parando nas semifinais. No Brasil, o craque encontrou apoio onde menos esperava: na torcida do anfitrião e maior campeão mundial. A empatia - cantou o hino do Bahia, brincou na praia, dançou com índios, entre outros momentos no país - terminou com uma declaração de agradecimento aos brasileiros após a suada vitória sobre a Argentina, neste domingo.


Basti, como é chamados pelos companheiros, diz que a seleção germânica também jogou pelos brasileiros no Maracanã - consciente da rivalidade verde e amarela com os albicelestes. "Eu tenho que dizer uma coisa. Eu acho que o Brasil é o grande país do futebol, que chegou à semifinal (2014). Foi um sucesso, mas sei que os jogadores (brasileiros) não estão felizes, mas para nós foi inacreditável estar aqui. As pessoas foram tão legais e tiveram tanto respeito. Dissemos hoje (domingo) no grupo que também jogamos para os brasileiros", afirmou o jogador à imprensa brasileira, após a reunião com os tetracampeões no vestiário do estádio do Mário Filho.

Falando em inglês na zona mista, um dos poucos alemães que concederam entrevista assim, Schweinsteiger reconheceu a noite como histórica em sua carreira - perto de completar 30 anos, disputou a sua terceira Copa e já havia vencido tudo pelo clube seu, o Bayern de Munique. "Foi uma das melhores noites, claro. Agora, nós demos o último passo", afirmou, se referindo às medalhas de bronze atuando em casa (2006) e na África do Sul (2010). Peça-chave no esquema de Joachim Löw, o meia ainda comentou sobre a escolha da Bola de Ouro. Apesar do tom respeitoso, não concordou com a escolha de Lionel Messi.

"Quando alguém conquista esse título (melhor jogador), temos que ter respeito e dar os parabéns, mas eu tenho outra opinião, sabe. O que eu vi aqui (no Brasil) de Thomas Müller, Manuel Neuer e Philipp Lahm... Eles jogaram um torneio inacreditável. Eles ganharam o título (mundial) e estão felizes com isso", completou Bastian, já com os outros companheiros de seleção cantando ao fundo "campeones, campeones". É, ele chegou mesmo ao último degrau. Lá, Schweinsteiger guardará o Brasil sempre, em campo e fora dele.

Fonte: Super Esporte