Rivais históricos dentro de campo, Campinense e Treze se uniram contra a atual Junta Governativa que administra a Federação Paraibana de Futebol, e ameaçam se desfiliarem da FPF e fundar uma Liga profissional. Os dirigentes dos dois clubes classificaram como um golpe a queda de Rosilene Gomes, e garantem que têm o apoio de outros dirigentes para criar a Liga.
No último final de semana, insatisfeitos com a bagunça que se transformou o Campeonato Paraibano 2014, os dirigentes de Treze e Campinense se reuniram para avaliar o andamento do Estadual, debater a criação da Liga.
Eles reclamam que a Junta formada após a queda de Rosilene Gomes, só contempla o Botafogo e o Auto Esporte. Também não concordaram com as seguidas mudanças ocorridas na tabela do Estadual, que deixou o Campinense mais de 30 dias sem jogar.
Os clubes iniciaram um novo movimento de apoio a ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol, Rosilene Gomes, e desta vez resolveram radicalizar. Eles ameaçam se desfiliar da Federação Paraibana de Futebol caso Rosilene não retorne ao cargo imediatamente e, junto com outros clubes, prometem abrir uma entidade representativa paralela com o objetivo de substituir a FPF como representante legal da CBF no Estado. O presidente William Simões disse que a Raposa está decidida a formar a Liga. Já pelo Treze, o representante era o vice-presidente Hênio Azevedo, também confirmou que o Galo irá manifestar total apoio ao projeto. Mas eles garantem que já têm também o apoio de CSP, Paraíba, Atlético de Cajazeiras, Nacional e Esporte.
Se todos estes apoios forem confirmados, o retorno de Rosilene Gomes à FPF só não teria os apoios de Auto Esporte, Botafogo-PB e Sousa entre os clubes profissionais. Para eles “a Junta Administrativa não representa os clubes paraibanos” e logo “não tem legitimidade para atuar em nome destes”. - Nós não nos sentimos representados pela Junta. E por isto queremos o retorno da presidente Rosilene Gomes. O que a Junta fez contra ela foi um golpe contra uma presidente eleita democraticamente – declarou William Simões, recebendo o apoio dos demais.
O ex-presidente trezeano Fábio Azevedo, que não tem uma boa relação com a atual administração do Galo, estava apoiando o grupo, se dizendo representando do presidente do Atlético de Cajazeiras. O grupo não deu um prazo para o retorno de Rosilene Gomes, mas eles querem que isto aconteça o mais breve possível. Mas caso não consigam que ela volte, por causa de entraves jurídicos, a saída seria a desfiliação em massa dos clubes.
- A Federação Paraibana de Futebol só existe por causa dos clubes. E por isto, os clubes precisam se sentir representados. No momento em que não no sentimos mais representados, não tem mais sentido continuar na FPF – declarou Hênio Azevedo. Isto acontecendo, uma nova entidade seria imediatamente aberta, uma espécie de “liga dos clubes paraibanos”, que iria pleitear junto à CBF para ocuparem a função que hoje é da Federação.
Fonte: Severino Lopes - PBAgora