
Por ter dois grupos grandes de torcedores adversários, a polícia teve
que agir e criou um cordão de isolamento para manter a ordem. Isso, no
entanto, não impediu as provocações. Os tricolores gritaram o nome de
Heverton, jogador da Portuguesa, que foi escalado irregularmente no
empate por 0 a 0 contra o Grêmio, na última rodada do Brasileirão, e
causou toda a confusão.

"Na verdade a vergonha seria o
Fluminense cair para a Série B. Se abrisse um precedente, poderiam
ocorrer com outros clubes e ninguém ser punido. A regra não pode valer
só para um time, mas para todos. Ninguém sabe se no futuro alguém
escalaria alguém irregularmente de forma proposital e sem punição. Não
mudaram as regras. Elas já existem e foram cumpridas", disse Bruno
Novelli, estudante, 23 anos, ao UOL Esporte.
Ao
deixar o STJD, um conselheiro do Fluminense foi confundido com o
advogado do clube Mário Bittencourt e foi carregado pelos torcedores. A
cena mais parecia a comemoração de um título com o ídolo nos braços da
torcida. Ao perceberem o equívoco, alguns sorrisos amarelos foram
vistos.
Logo após o resultado, a polícia orientou os torcedores
da Portuguesa a voltarem para São Paulo imediatamente. O objetivo era
evitar uma confusão com os fãs do Fluminense, que permaneceram por cerca
de 30 minutos no local, antes de dispersar.
A punição com a
perda de quatro pontos e multa de R$ 1 mil foi apenas a primeira batalha
judicial do caso. A Portuguesa irá recorrer da decisão ao Pleno do
STJD, e a definição dos rebaixados pode acontecer apenas em 2014. O
relator Felipe Bevilacqua pediu a perda de quatro pontos e multa de R$ 1
mil e foi acompanhado por três auditores, que - sem se justificar
muito - votaram de acordo. Assim como o presidente da 1ª Comissão
Disciplinar do STJD, Paulo Valed Perry.