Região devastada na ciade de Tacloban, província de Leyte. Destroços e corpos ficaram espalhados pela região. |
A polícia das Filipinas teme que o número de vítimas provocado pela passagem do supertufão “Haiyan”, o mais potente do ano e provavelmente o mais forte da história na região, alcance os 10 mil mortos. Extra-oficialmente, o país contabiliza 1.200 mortos, com base em informações da Cruz Vermelha local.
A estimativa é do chefe da polícia regional da província de Leyte, Elmer Soria. Ele disse neste domingo (10) que o governador provincial Dominic Petilla afirmou, no sábado (9) à noite, que o número de mortos poderia ultrapassar os 10.000, vítimas de afogamento, deslizamentos de terra e desmoronamentos de casas e edifícios.
Haiyan teria arrasado entre 70% e 80% da cidade de Tacloban, no litoral leste do país, por onde passou a tormenta na sexta-feira (8), disse Soria.
Tacloban virou uma região de destroços, com casas completamente destruídas, estradas intransitáveis, e milhares de postes e árvores no chão. Foi lá que um avião avistou centenas de corpos.
"A devastação é total. Se estiveste em Tacloban antes, nem poderia reconhecer a cidade agora", disse à agência de notícias filipinas "PNA" um alto representante do Exército, o tenente Jim Alagao.
A Cruz Vermelha das Filipinas estimava que cerca de 1.200 pessoas morreram por causa da passagem do tufão. O saldo oficial da tragédia, contabilizado pelo governo, é inferior. "Estimamos que 1.000 pessoas foram mortas em Tacloban e 200 na província de Samar", disse Gwendolyn Pang, secretária-geral da Cruz Vermelha filipina.
A estimativa da Cruz Vermelha da Filipinas não é definitiva. O número de mortos deve aumentar nas próximas horas, segundo a secretária-geral.
O Conselho para a Gestão e Redução de Desastres do país informou que cerca de quatro milhões de pessoas de 36 províncias das Filipinas foram afetadas pelo fenômeno, qualificado por agências meteorológicas como supertufão, já que seus ventos superaram os 240 km/h.
Reynaldo Balido, porta-voz do organismo governamental, disse que se espera que os números de vítimas aumentem nas próximas horas quando começam a chegar os relatórios das áreas devastadas.
"O tufão criou um prejuízo em massa e quase nenhuma casa ficou de pé nas áreas mais afetadas", disse Balido.
Antes da chegada deste último tufão às Filipinas, o 24º do ano, os meteorologistas tinham advertido que a tormenta poderia ter um efeito devastador maior que o tufão "Bopha", que em 2012 deixou cerca de mil mortos.
Após arrasar o centro e sul das Filipinas, Haiyan está no Mar do Sul da China em direção ao Vietnã, onde as autoridades já iniciaram operação para esvaziar as regiões que serão afetadas.
Fonte; Globo
Imagem, Google e G1