Os bancários fecharam pelo menos 9.015 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta segunda-feira (23), terceiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado, de acordo com balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A paralisação atinge mais de 40% das agências. São 45% delas, considerando que há 20 mil agências no país, segundo a Contraf. Considerando a informação da Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban), de que são 21.500 agências ao todo, a greve atinge 41,9%.
Foi um crescimento de 23,8% na greve em relação à sexta-feira, quando 7.282 unidades haviam sido fechadas.
O balanço foi feito com base nos dados enviados até as 18h15 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários."Os bancários estão cada vez mais indignados com o silêncio da Fenaban. Por isso o movimento se amplia rapidamente a cada dia em todo o país. Os banqueiros não atenderam as reivindicações da categoria na mesa de negociação e agora estão sentindo a força da mobilização", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
A Fenaban disse, em nota, não há nenhuma rodada de negociação marcada. "A entidade aguarda posição do sindicado sobre a proposta global contendo reajuste salarial de 6,1%, que corrigirá salários, pisos e benefícios."
Greve - Os bancários entraram em greve pelo país por tempo indeterminado na manhã de quinta-feira (19). Em vários estados, agências já amanheceram fechadas e com faixas nas portas.
A categoria aprovou a paralisação por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, diz a Contraf.
Fonte: G1