A Nokia apresentou nesta quinta-feira (11), em Nova York, seu mais novo smartphone. O Lumia 1020 roda o sistema operacional Windows Phone – como os modelos anteriores desta família – e tem câmera com sensor de 41 megapixels. Essa capacidade não é novidade para aparelhos da fabricante finlandesa: já estava presente no modelo Nokia 808 Pureview, que roda o sistema operacional Symbian.
O aparelho será lançado por US$ 300 (cerca de R$ 680) no dia 26 de julho, nos Estados Unidos, pela operadora AT&T. O valor está atrelado a um contrato de dois anos, e as empresas não divulgaram o preço do modelo desbloqueado. O lançamento para China e Europa está previsto para este mês, enquanto os demais países devem recebê-lo até o final do ano. Na América Latina, a prioridade de lançamento é para a Telefônica (Vivo). O Lumia 1020 será vendido nas cores preta, branca e amarela.
Definição
Assim como o Nokia 808, o Lumia 1020 conta com um sensor de 41 megapixels, mas que consegue capturar imagens com tamanho máximo de 38 megapixels. Essa resolução enorme é possível graças a uma tecnologia chamada PureView: na hora de captar as imagens, a câmera condensa sete pixels em um único pixel, gigante, criando imagens de alta qualidade.
Um recurso chamado dual capture permite tirar fotos com 38 megapixels e reduzi-las para 5 megapixels, facilitando assim seu compartilhamento e envio – também funciona para vídeos. Como o aparelho roda o Windows Phone 8, o usuário pode compartilhar imagens com redes sociais, e-mail e o serviço de armazenamento em nuvem Skydrive, da Microsoft.
A câmera tem ainda um sensor que permite tirar fotos em baixa condição de iluminação e uma evolução do Xenon Flash: ele torna nítidas as imagens com pouca iluminação e em movimento. Stephen Elop, diretor-executivo da Nokia, fez uma comparação usando fotos tiradas com o Lumia 1020, o Galaxy S4 e o iPhone 5. No exemplo, as imagens sem uso do Xenon Flash saíram borradas.
Comparação entre fotos capturadas pelos smartphones Galaxy S4 (esq), iPhone 5 (centro) e Lumia 1020 (dir) |
Para mostrar a definição das fotos tiradas com a câmera, executivos também localizaram uma agulha no palheiro - literalmente, dando zoom na foto. Fazendo o movimento contrário – diminuindo, e não aumentando o zoom -, o usuário pode transformar a imagem de uma única pessoa em uma foto do tipo paisagem, por exemplo. Isso é possível graças ao aplicativo Nokia ProCamera, que permite mudar valores de exposição, luz e foco depois de tirar a foto. Já existem aplicativos de terceiros que fazem isso, mas o Lumia 1020 oferece essa ferramenta de fábrica.
Questionado por uma jornalista sobre quais os diferenciais do aparelho, além da câmera, Elop reforçou a importância do sistema operacional Windows Phone 8. Ele afirmou se tratar de uma alternativa às plataformas disponíveis no mercado, que hoje são basicamente duas (o Android e o iOS, da Apple). Segundo Elop, o aparelho junta tecnologia avançada com bons recursos básicos para atenderem àqueles que desejam um smartphone comum.
Foto foi tirada pelo Lumia 1020. Por causa da definição, é possível visualizar detalhes |
"Megapixels" na câmera digital
Quando diz que uma câmera tem 41 megapixels, o fabricante refere-se ao sensor dela. É ele que capta a luz da cena que será registrada na câmera (ou smartphone) e a transforma em pixels (milhares de "pontinhos" minúsculos que, juntos, compõe uma imagem digital).
Portanto, 41 megapixels referem-se à quantidade máxima desses pontos captados (41 milhões de pixels). Quanto maior a concentração desses pixels, melhor a definição da imagem. Ainda assim, uma foto tirada com essa câmera não necessariamente terá toda essa quantidade de pixels de resolução: há uma distorção natural entre esses números.
Esse sensor pode variar de tamanho e complexidade -- eles são maiores nas câmeras digitais do que em celulares. Outros fatores também influenciam na qualidade da imagem, como a lente e ISO (sensibilidade do sensor ao captar a luz), que são mais complexos nas câmeras digitais.
Fonte: Uol Tecnologia