
O relator da minirreforma, Cândido Vacarezza (PT-SP), afirmou ontem terça-feira (16) que este é um dos cerca dos 50 pontos que a proposta prevê alterar na lei eleitoral.
Se aprovada até o início de outubro, a minirreforma valerá para as eleições de 2014. Vaccareza também comandará o grupo sobre a reforma política, com propostas mais amplas que a da "minirreforma".
"Hoje, se um candidato 'ficha suja' vai disputar a eleição, e no sábado à noite, na véspera da votação, ele sai e nomeia outra pessoa para ser candidato, na urna, aparece o nome e o número dele. O eleitor vota sem saber", disse.
A proposta de Vaccareza prevê que a mudança possa ocorrer a 20 dias ou mais antes da eleição. "Esse foi o tempo que o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] informou ser necessário para mudar o nome na urna", explicou.
Em maio, o TSE abriu uma brecha para os "fichas sujas" ao decidir que o ex-prefeito de Paulínia (a 120 km de São Paulo) Edson Moura (PMDB) agiu dentro da lei ao colocar seu filho, Edson Moura Júnior (PMDB), na disputa municipal em 2012.

Eleição após cassação
Outro ponto previsto na proposta é a possibilidade de um segundo colocado em eleições executivas ter direito a assumir o cargo após a cassação do eleito. Vaccarezza recuou na proposta de autorizar o pagamento de multas eleitorais com recursos do fundo partidário (que é o repasse público aos partidos). "Era uma proteção que queria fazer aos pequenos partidos. Os grande, como o PT, tem no fundo partidário apenas 5% a 10% da receita. Nos pequenos isso chega a mais de 90%", explicou.
Prestação de contas
O relator também questionou a informação de que a minirreforma prevê a possibilidade de candidatos com contas reprovadas. "O que o projeto fala é quitação eleitoral, diferente candidatura. Temos milhões de pessoas que se candidataram no país e que, se deixaram de prestar contas no prazo, não podemo viajar para fora do país ou ingressar numa carreira pública", disse.
Fonte: Uol.com