Cerca de 300 trabalhadores do Porto de Cabedelo, em João Pessoa, paralisaram as atividades nesta sexta-feira (22) na Grande João Pessoa. A movimentação é nacional e, segundo o presidente do Sindicato de Conferentes do Porto de Cabedelo Ricardo Tabosa contesta medida provisória 595, que muda as regras nos portos.
De acordo com Tabosa, a paralisação começou as 8h e segue até as 14h. “Essas ações são contra a forma como o governo colocou a medida provisória 595, sem nenhum tipo de discussão ou debate com os trabalhadores dos portos”, disse.O texto da medida gera insatisfação porque desobriga os terminais privados de contratarem trabalhadores por meio do órgão gestor de mão de obra, o Ogmo, que é uma entidade sem fins lucrativos responsável pelo cadastramento, registro e fiscalização da mão-de-obra dos trabalhadores portuários avulsos, que não têm vínculo empregatício com as companhias docas.
Os trabalhadores argumentam que a MP geraria desemprego ao estimular a proliferação de portos privados, uma vez que apenas os terminais públicos são obrigados a contratar pelo Ogmo os serviços dos trabalhadores avulsos.
A estimativa do sindicato é que 2 mil toneladas de mercadorias deixem de ser descarregadas no Porto de Cabedelo durante a paralisação desta sexta-feira. A Companhia das Docas, responsável pelo Porto de Cabedelo, informou que não tem como calcular os prejuízos da paralisação.
Ainda segundo Ricardo, está prevista uma outra paralisação das atividades para a próxima terça-feira (26), das 14h as 20h.
Fonte: TV Cabo Branco