14 de dez. de 2012

Tiroteio mata cerca de 30 pessoas em escola infantil nos EUA, diz polícia.


Um tiroteio em uma escola fundamental deixou cerca de 30 mortos, entre eles pelo menos 18 crianças, na manhã desta sexta-feira (14), na pequena cidade de Newtown, no estado americano de Connecticut, segundo a polícia.

A imprensa local identificou o atirador no como Ryan Lanza, de 24 anos.

Ele teria matado seu pai em casa e ido à escola, onde matou a mãe, que era professora e morreu junto com seus alunos. Ele também teriam matado seu irmão, no vizinho estado de Nova Jersey.

Não há detalhes ou confirmação oficial de nenhuma dessas informações.

Ele também morreu no local.

O ataque é um dos mais graves ocorridos em escolas nos Estados Unidos. Se confirmado o número de vítimas, o número será o segundo maior em escolas do país, depois do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos.

O corpo do atirador ainda estava no local, segundo o tenente Paul Vance, porta-voz da polícia local.

Ele levava quatro armas e um colete à prova de armas, segundo a polícia.
Entre as vítimas, estão estudantes -entre 18 e 20- e professores, informou Vance.

Ainda não se sabe quem teria disparado o tiro que atingiu o atirador.
Segundo o "New York Times", ele teria se matado antes da chegada da polícia.

Crianças entre 5 e 10 anos

O tiroteio ocorreu na escola Sandy Hook, que tem alunos com idades variando entre 5 e 10 anos.

Pelo menos três pessoas ficaram gravemente feridas e foram levadas ao hospital Danbury, a 18 quilômetros do local, segundo autoridades locais citadas pelas TVs.

A chamada de emergência para a ocorrência ocorreu às 9h41 locais, segundo a polícia estadual.

A polícia estadual disse que a escola foi vasculhada e agora está segura.

Vários órgãos do governo estão agindo em conjunto para apurar os fatos, segundo o tenente Vance.

De acordo com a imprensa, muitos dos tiros teriam sido disparados em uma sala de jardim de infância.

Testemunhas falam em mais de 100 tiros disparados, segundo a CNN.

O presidente dos EUA, Barack Obama,
emociona-se nesta sexta-feira (14)
na Casa Branca ao falar do
 tiroteio em Connecticut
O jornal "Hartford Courant" afirmou que uma classe inteira de alunos estaria desaparecida, mas não há confirmação dessa informação.

'Horrendo'

Uma foto do local, feita pelo jornal "Newtown Bee",mostra uma fileira de crianças assustadas sendo retiradas do local pela polícia.

Imagens de TV mostraram a polícia e ambulâncias no local, e pais correndo em direção a escola.

"Foi horrendo", disse Branda Lebinski, mãe de uma aluna. "Todo mundo estava histérico, pais, alunos. Havia crianças saindo da escola sangrando. 

Eu não sei se eles foram baleados, mas eles estavam sangrando."

Uma mãe disse a Lebinski que um "homem mascarado" entrou no escritório do diretor, que teria sido baleado e ficado gravemente ferido.

Segundo a CNN, o diretor e uma psicóloga da escola estariam entre os mortos.

A vice-diretora seria uma das feridas.

A Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama está acompanhando a situação e que é hora de confortar as famílias das vítimas, não de discutir as implicações políticas.

Newtown é uma cidade de cerca de 27.500 habitantes, subúrbio da capital estadual, Hartford, e situada 128 quilômetros a nordeste de Nova York.

2012 violento nos EUA

Os Estados Unidos já tiveram uma série de tiroteios em locais públicos este ano.

Mais recentemente, um atirador abriu fogo em um shopping center do Oregon, matando duas pessoas, e depois se suicidou, na terça-feira.

O pior ataque ocorreu em julho em uma sessão da meia-noite de um filme da série "Batman", em Aurora, no Colorado, que matou 12 pessoas.

No mês passado, o atirador Jared Loughner foi condenado à prisão perpétua por matar seis pessoas em Tucson, Arizona, em janeiro de 2011 em um ataque alvejando a congressista Gabrielle Giffords, que foi baleada na cabeça a queima-roupa, mas sobreviveu.

Tiroteios com mortos são frequentes em locais públicos norte-americanos e, geralmente, terminam com o atirador se baleado ou se suicidando.

Contudo, apesar das tragédias, o apoio a leis mais duras sobre o porte de armas divide opiniões, com muitos americanos se opondo às restrições ao que eles consideram ser um direito constitucional para manter armas de fogo potentes em casa.

Fonte: G1