30 de nov. de 2012

Novo fusca se transforma em carro esportivo.


O Fusca está de volta ao Brasil. Mas esqueça o bom e velho carro do povo. Ele não é mais tão acessível para levar o título novamente, mas é mais Fusca do que nunca. Isso porque o modelo está muito mais parecido com a primeira geração do que o New Beetle. Agora ele é um esportivo descolado e promete incomodar a vida de modelos como Mini Cooper, Citroën DS3 e Audi A1. O novo Fusca parte de R$ 76.600 na versão manual e R$ 80.990 com câmbio automático, valores abaixo dos modelos da Mini e equivalentes aos do Citroën.
Uma vantagem pelo VW ser importado do México. No entanto, devido à grande procura, o modelo já vendido em boa parte das concessionárias com sobrepreço. Autoesporte avaliou a versão topo de linha e conta para você como anda a nova geração do Fusca.


Desenvolvido sobre a plataforma do Jetta, ele herdou do sedã o motor 2.0 TSI de 200 cv de potência, 15 cv a mais que o Mini Cooper S e 25 cv a mais que o Citroën DS3. O torque é de 28,5 kgm, quase todo disponível logo aos 1.700 rpm. O Fusca também leva a vantagem na transmissão DSG de dupla embreagem, compartilhada do primo Jetta. São seis velocidades que garantem bom desempenho e um consumo médio de 9,8 km/l aferidos por Autoesporte. A sexta marcha é quem dá conta de manter as 2.600 rpm quando o Fusca está a 120 km/h.


A posição D da alavanca mantém uma condução tranquila no ambiente urbano, mas o ronco do motor aguça os sentidos. Apesar de ser o mesmo propulsor do Jetta, o Fusca tem sonoridade mais aguda, em busca de semelhança com o Porsche. Aliás é a marca de Stuttgart que serviu de inspiração para a nova geração do Fusca. "Sabemos que o primeiro Fusca é um Porsche, por ter sido desenvolvido pelo fundador da marca de esportivos. Se procurarmos bem nessa nova geração, encontraremos lá no fundo um logo da Porsche nesse carro", brinca Luiz Veiga, chefe de design da VW no Brasil, ao comentar as semelhanças do Fusca com os esportivos.

Com a alavanca na letra S se descobre um esportivo que empolga na segunda-feira mais chuvosa. Seja com troca nas alavancas ou borboletas, a dupla embreagem não passa qualquer tranco aos ocupantes. A suspensão independente na dianteira e multibraços na traseira é bastante rígida e incomoda um pouco em nos buracos, mas não chega a ser tão dura quanto a de um Mini. É mais confortável que o modelo inglês, sem esquecer da segurança nas curvas, onde o Fusca da terceira geração é bastante firme.


A direção de respostas rápidas, como num carro de corrida, dá conta de empolgar ainda mais. Antes de fincar o pé no acelerador, vale uma olhada no retrovisor esquerdo para ver o para-lama saltado. Sim, você está a bordo de um Fusca que também é muito parecido com um Porsche. Em nossa pista de testes, o modelo acelerou de 0 a 100 km/h em excelentes 7,1 s, tempo próximo de esportivos como o Audi TT. O teste completo você confere na edição de dezembro da Autoesporte, onde o modelo foi fotografado ao lado de um Fusca 1500 de 1972.

Fonte: AutoEsporte