9 de out. de 2012

MP quer evitar interrupção dos atendimentos em hospital da Paraíba.


A Promotoria da Saúde de Campina Grande abriu hoje (9) um Inquérito Civil Público para tentar impedir que haja a interrupção dos procedimentos cirúrgicos no Hospital de Trauma e Emergência da cidade. A Cooperativa Campinense de Anestesiologistas (COCAN) irá encerrar atividades na unidade no próximo dia 23.


O Ministério Público também notificou o Secretário de Estado da Saúde (SES), Waldson de Souza, o diretor administrativo do Hospital de Trauma, Geraldo Medeiros, e a cooperativa, requisitando providências para garantir que não haja o prejuízos no atendimento à população com a não realização das cerca de 850 cirurgias mensais no hospital.

O secretário de Saúde, mas sua assessoria informou que quem responde sobre a decisão da justiça que obriga o encerramento dos contratos com cooperativas médicas é procurador Gilberto Carneiro, que não atendeu às ligações porque, de acordo com a assessoria da Procuradoria Geral do estado, estava numa reunião externa com o governador Ricardo Coutinho.

De acordo com o promotor Luciano de Almeida Maracajá, o procedimento investigativo foi aberto após a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que prevê o encerramento dos contratos celebrados entre o Estado e as cooperativas médicas.

“Haverá enorme prejuízo que a população sofrerá em consequência desse impasse, sem médicos anestesistas no Hospital de Trauma, com evidente e desnecessário sofrimento para a sociedade”, afirmou o representante do Ministério Público estadual.

Segundo o diretor técnico do hospital, os cooperados também não estão aceitando a contratualização individual. Atualmente, há são 30 médicos anestesistas cooperados atuando no Trauma de Campina Grande e apenas um concursado. Todos os contratados receberão ainda nesta quarta-feira propostas de acordos individuais.

“Não pode mais ser cooperativa nem eles querem individual. Restaria o concurso, mas em 15 dias não existe essa possibilidade, apenas no próximo ano será realizado. Esse impasse difícil vai acarretar em mortes. Vamos vivenciar uma calamidade pública, porque sem anestesista não tem cirurgia. Encaminhamos ofícios para chamar a categoria e chegar a um acordo”, disse o diretor Flawber Cruz.

Fonte: G1 PB