A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu o uso e a venda de 30 lotes do medicamento diurético Hidroclorotiazida, usado contra hipertensão arterial. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (24).
A Anvisa fez uma inspeção no Instituto de Tecnologia em Fármacos, fabricante do remédio, entre 23 e 26 de julho, e constatou uma alteração no processo de fabricação de comprimidos de 25 mg. Os produtos haviam passado por uma etapa de moagem do princípio ativo sem autorização prévia da agência.
Segundo a Anvisa, não há dados que comprovem a segurança e eficácia do diurético fabricado de forma diferente da avaliada e registrada. Além disso, por causa da moagem, o tamanho das partículas do comprimido pode afetar o desempenho do produto e interferir na estabilidade, na dissolução e em outros requisitos dele.
Os 30 lotes suspensos são: 12030260, 12030261, 12030262, 12030263, 12040407, 12040408, 12040413, 12040414, 12040415, 12040446, 12040447, 12040448, 12040461, 12040462, 12040463, 12040464, 12040465, 12040466, 12060585, 12060586, 12060587, 12060588, 12060589, 12060590, 12060591, 12060592, 12060593, 12060594, 12060595 e 12060596.
Doze deles foram interditados pelo Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Os demais devem ser recolhidos do mercado, informou a Anvisa.
Produtos com ervas
A agência também determinou a apreensão e inutilização, em todo o país, do produto Mel com ervas, com indicação terapêutica para asma. O motivo é que a empresa Facon – Fabricação e comércio de cosméticos e produtos naturais Ltda, com sede em Iguatu (CE), não tinha autorização de funcionamento sanitário.
Outro produto suspenso pela Anvisa é o Pró-ervas, fabricado em Ipatinga (MG), pelo fato de a empresa responsável também não ter autorização para estar em atividade.