11 de mai. de 2012

Sintep diz que faltou “coragem” a RC para assinar MP contra o magistério.

O Coordenador da Secretaria de Organização do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação da Paraíba (SINTEP-PB), Paulo Tavares, falou nesta quinta, 10, sobre a Medida provisória 193, do governo do Estado, que pretende retirar o Plano de Carreira e Salários dos professores da Paraíba.

Segundo Paulo Tavares, o Governo está "rasgando o PCCR dos professores". "O governo não pode dar aumento para professores dos níveis um e dois da classe A porque não há professores nesses níveis", relatou. Segundo ele, o último concurso que a Paraíba realizou para professores dos níveis citados aconteceu em 1994, "agora, os professores aprovados nesse ano já estão, pelo menos, no nível quatro.
Em três anos, no máximo, os educadores das classes A e B estarão ganhando o mesmo salário, Ricardo Coutinho está socializando por baixo", complementou.

O sindicalista disse que o governo tem recebido solicitações de audiência para discutir as questões da educação paraibana com os profissionais, mas não responde os ofícios enviados. Segundo Paulo Tavares, a última audiência com representantes do Estado aconteceu em julho do ano passado. "Há dez meses tentamos uma audiência e nada, desde a época que Scocuglia era secretário, agora com Harrison Targino não está sendo diferente. Eles não se dignaram a descer do pedestal para falar com os pobres não", reclamou o coordenador de Organização do Sintep-PB.

Na próxima quarta-feira, 16, os professores participarão de uma manifestação pela paz nas escolas, mas Tavares afirmou que a MP do PCCR também será abordada durante a caminhada. "A questão da intolerância do Estado será abordada com certeza, eles colocam por aí que a mudança foi uma coisa boa e que foi discutida com sindicatos, mas que sindicatos participaram da discussão? O Sintep não foi. Nós vemos que o Governo do Estado começará a pagar o piso salarial atrelado ao Plano de Carreira, como o professor será valorizado sem o Plano de Carreira?", questionou Paulo Tavares.

"É uma falta de estímulo para o professores desde a classe B até a classe E, assim os professores não tem ânimo para ensinar na Paraíba. Para aqueles que não tem especialização nem vão querer se qualificar sabendo que não há valorização. Ricardo Coutinho congelou os vencimentos das classes e disse que aumentou o salários das classes A e B. Se ele estivesse seguindo o plano hoje, a diferença do classe A para a B deveria ser de quase R$ 300 reais, mas atualmente é de apenas R$ 100", relatou Paulo Tavares.

Paulo finalizou dizendo que os trabalhadores em educação estão protestando contra essa Medida Provisória 193 para tentar manter o Plano de Carreira, "nós queremos saber o dia que a MP entrará em pauta para realizarmos uma grande manifestação na Assembleia Legislativa. O Governador nem assinou a MP, ele se afastou do governo e deixou pra Rômulo assinar, talvez ele nem saiba o que estava assinando e se souber é pior ainda. Mas Ricardo Coutinho não teve coragem de assinar", finalizou o coordenador da Secretária de Organização do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação da Paraíba (Sintep-PB), Paulo Tavares.

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