10 de abr. de 2012

Reitor da UFCG admite colapso e possível fechamento de hospital.

O reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson Mariz, admitiu na segunda-feira (9) que o Hospital Universitário Alcides Carneiro poderá fechar as portas em 2013, caso o problema da falta de servidores não seja resolvido. A declaração foi feita durante uma solenidade em que o reitor foi homenageado com o título de cidadão campinense, na Câmara dos Vereadores. Em entrevista nesta terça-feira (10), ele explicou que o déficit de 250 funcionários é o principal entrave que o HU enfrenta.
"O hospital poderia deixar de prestar serviços de alta e média complexidade para se resumir ao atendimento ambulatorial", explicou.

Segundo Thompson Mariz, a unidade tem 460 servidores, mas precisaria de mais 250 para atender à população. Além dos funcionários que têm previsão de se aposentar até o fim do ano e dos emprestados pelo Ministério da Saúde que precisam ser devolvidos às suas repartições de origem, os contratos de 140 servidores temporários admitidos por meio de processo seletivo também estão com os dias contados. "O perigo que passa o hospital é muito grande e eu não descarto a possibilidade de que ele, no ano que vem, entre em colapso total de tal sorte que chegue a fechar", disse.

As alternativas, segundo o reitor, seriam a realização de concurso público para vagas efetivas, com boas remunerações e plano de carreira, e a adesão ao programa do Ministério da Educação (MEC) que prevê a gestão de todos os hospitais universitários do país por uma empresa privada, sem perda de vínculo com as universidades.

 “Eu não vejo outro caminho. Se continuar do jeito que está o hospital vai fechar as portas. A proposta do MEC é que até julho a empresa que vai administrar os hospitais em todo o Brasil se estruture e desenvolva projetos pilotos. E até o fim do ano as universidades poderão aderir a esse modelo. Só há essa alternativa”, comentou.

Reformas

Além do déficit de funcionários, o Hospital Universitário Alcides Carneiro também está sendo submetido a uma série de reformas que paralisaram atendimentos de urgência e emergência e a realização de cirurgias desde janeiro deste ano. A previsão é de que os setores só sejam reabertos no segundo semestre.

Dados do G1 Paraíba