A Comissão de Comércio Federal dos Estados Unidos e regularores da União Europeia estão investigando se o Google enganou os consumidores ao implantar os chamados "cookies" de internet (armazenamento das pesquisas) no navegador Safari, da Apple, sem o consentimento dos usuários, de acordo com notícia publicada pela agência americana Bloomberg e pelo jornal "The Wall Street Journal".
A comissão dos EUA está investigando se os cookies permitiram que a empresa direcionasse publicidade aos usuários do Safari e também se o Google violou outras regras envolvendo o consentimento dos consumidores.
Um "cookie" é um fragmento de informação que fica armazenado no disco rígido do visitante de uma página na web, por meio de seu navegador, a pedido do servidor da página. Essa informação pode ser recuperada depois pelo servidor em visitas posteriores ao mesmo site.
O Google admitiu que a empresa criou um link de comunicação temporária do Safari com os servidores da empresa, o que ajudou a determinar se os usuários do Safari também eram assinantes do Google e tinham optado por anúncios personalizados e outros conteúdos.
Entretanto, o navegador continha uma funcionalidade que, em seguida, habilitava outros cookies de publicidade do Google para serem instalados no browser, disse. O Google disse que a empresa irá, com certeza, colaborar com qualquer autoridade que tenha dúvidas, acrescentando que está removendo os cookies de publicidade do Safari.
A Bloomberg também informou que a Comissão de Comércio Federal está investigando se o Google violou um decreto de consentimento com a comissão assinado no ano passado.
Na quinta-feira foi noticiado que a comissão pediu à Apple para obter mais informações sobre como ela incorpora a função de busca do Google em seus produtos. O gigante de busca na internet foi acusado de usar sua influência no mercado de buscas para excluir rivais, como a busca de viagens, colocando-os para baixo nos resultados de pesquisas.
Em outro caso envolvendo o Google, no começo deste mês, o Ministério da Justiça no Brasil pediu que a empresa dê mais detalhes sobre as novas regras na política de privacidade do Google, após a abertura de investigações na Europa sobre as mudanças. O Ministério da Justiça informou que o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) notificou o Google "sobre as mudanças nas possibilidades de usar os dados pessoais dos usuários”.
Em janeiro, reguladores expandiram a investigação para incluir o Google+, a nova ferramenta de rede social da empresa, que foi lançada em junho do ano passado e oferece muitos dos recursos disponíveis no Twitter e no Facebook.