7 de set. de 2011

Dilma afirma que crise econômica atual é mais complexa que a de 2008.

Em comemoração ao Dia da Independência, a presidente da República, Dilma Rousseff, destacou as ações governamentais para defender a economia nacional da crise financeira mundial.
“Nossa situação é de fato privilegiada em relação a muitos países, mas ainda estamos aquém do que podemos e necessitamos. Tem espaço para crescer e o povo tem motivos de sobra para ter esperança num futuro ainda melhor”, afirmou.
Dilma disse que a estratégia do governo é acertada ao “ampliar e defender o mercado interno”, “não permitir ataques” à indústria nacional, investir em infraestrutura e reduzir os juros –ação tomada pelo Comitê de Política Monetária na semana passada.
A petista ressaltou ainda que a atual crise econômica é mais complexa que a de 2008 e que, enquanto os países ricos sofrerão com a estagnação e a recessão, o Brasil está “plenamente preparado para enfrentar” o desafio.

mundo enfrenta grave crise e cobra respostas novas para seus problemas. Apesar de ter a mesma raiz, a crise atual é mais complexa que aquela de 2008, da qual nós nos saímos muito bem. Os países ricos se preparam para um longo período de estagnação ou até de recessão. Mas a crise não nos ameaça fortemente, porque o Brasil mudou para melhor", disse.
“Estaremos bem atentos para evitar qualquer efeito mais grave. Não significa ficar com medo ou paralisado, vamos continuar trabalhando, consumindo, abrindo e ampliando empresas”, ponderou.
Investimentos
A presidente apontou algumas das ações prioritárias de seu governo nas áreas da educação, saúde e emprego e fez referência ao seu antecessor no cargo.
“Estamos ampliando o esforço do governo Lula. Até 2014, vamos criar novas quatro universidades, 47 extensões universitárias e 208 novas escolas de educação profissional e tecnológica, reforçar o Prouni com 912 mil estudantes inscritos no mês passado e vamos mandar 75 mil estudantes com bolsas pagas pelo governo para estudar em excelentes universidades no exterior”, detalhou.
Dilma reforçou a importância da aprovação do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) no Congresso Nacional e da continuidade dos investimentos na saúde. Como exemplo, ela citou a oferta de remédios gratuitos para a população e a maior oferta de exames preventivos contra o câncer de mama e colo de útero.
Corrupção
O tema que incomodou o governo nos últimos três meses, e que resultou na queda de três ministros –Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes) e Wagner Rossi (Agricultura)–, foi mencionado de forma breve pela presidente: “Um país que com o mal feito não se acumplicia jamais e que tem a defesa da moralidade e o combate à corrupção uma ação permanente, inquebrantável”, afirmou ao listar realizações do governo.